domingo, junho 04, 2006

Linhas Aéreas em zonas urbanas - risco real de acidentes


O risco de acidentes com as Linhas Aéreas de Alta-Tensão atravessando zonas urbanas é bem real e tem de ser melhor avaliado. Em Portugal continua-se a promover situações de perigo eminente e a ignorar a necessidade de definir e respeitar corredores de segurança.

Na manhã de 6 de Maio de 2006 a Encosta de S. Marcos e a Urbanização do Casal do Cotão, no Cacém, acordaram em alvoroço.
Um violento estrondo, seguido da queda de um dos cabo da Linhas de Alta Tensão que atravessa a povoação, provocou danos em veículos e a deflagração de um incêndio, felizmente num terreno ainda desocupado.
A escassos metros dali, numa paragem de autocarros, Fernanda Pedrinho, moradora, não teve tempo para se refazer do susto e conseguiu rapidamente interromper o trânsito e chamar os bombeiros.

A Rede Eléctrica Nacional garante que a probabilidade deste tipo de incidentes é praticamente nulo. Os moradores garantem que este já é o segundo acidente deste tipo na zona.

O que teria acontecido se, ao invés de cairem sobre a via pública, os cabos tivessem aterrado em cima de um dos prédios ou habitações que sobrepassam? Ou se a rotura tivesse ocorrido sobre o IC 19, a menos de 100 m deste local?

Ainda este ano, em Alijó, uma colisão de uma grua com um cabo provocou a morte de 4 trabalhadores!



Em finais da década de 70, uma torre de uma linha de muito alta tensão recém construída na zona de Setúbal (Volta da Pedra, Palmela) colapsou, arrastando com ela, por "efeito dominó", outras torres. Várias habitações foram atingidas provocando elevados danos materiais e humanas.
Os riscos agravados decorrentes da proliferação de estruturas deste tipo meio urbano, incluem ainda a possibilidade, ainda que remota, de colisões de pequenas aeronaves (ex. helicópteros de apoio ao tráfego, Protecção Civíl, etc.) e o colapso com graves efeitos colaterais devido a fenómenos naturais (ex. aluimento de solos em encostas declivosas, tempestades de elevada magnitude, etc).




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